10 de julho de 2009

O CALENDÁRIO NOS PRIMÓRDIOS DA CIVILIZAÇÃO

Após um cuidadoso exame dos principais sistemas de calendário produzidos pelas mais importantes civilizações do mundo antigo, será de inestimável valor também uma investigação acerca dos métodos utilizados por esses mesmos povos para datar os acontecimentos em termos de anos.
Os povos mais antigos desconheciam a contagem do tempo por eras, como é feito actualmente. A prática adoptada pelos sumérios e babilónios era o de baptizar cada ano com um nome, com base no mais notável evento do ano anterior. Dessa maneira, o sétimo ano de Hamurábi, por exemplo, foi chamado de “o ano em que Uruk e Isin foram tomadas”. Os vários registos da época mantinham listas completas dos nomes dos anos, as quais cobriam um longo período de tempo.
Outro método de datação foi criado pelos assírios, segundo o qual um alto oficial era escolhido para ser o “limmu” durante um ano; no período em que ele ocupasse esse posto, o seu nome era usado para identificar o ano. O mesmo método foi seguido pelos gregos, entre os quais o termo correspondente a limmu era o de “epónimo”, e entre os romanos, com a imensa lista de cônsules (2 por ano).
Havia, no entanto, uma diferença entre o archon epónimo de Atenas, os cônsules romanos e o limmu assírio. O archon ateniense e os cônsules romanos eram sempre chefes de Estado, enquanto que o limmu poderia ser escolhido entre os vários oficiais e altas personalidades do Império Assírio.
Dessas listas, a mais importante para a fixação das datas dos acontecimentos relacionados à profecia das 70 semanas é a dos cônsules romanos.

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