29 de setembro de 2009

APOCALIPSE: GOGUE E MAGOGUE

“E sairá a enganar as nações que estão nos quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar, a fim de ajuntá-las para a batalha.” (Ap. 20:8)
Deus inspira respeito sobre os salvos durante os mil anos, no final dos quais executará o castigo em que a morte encontra o seu fim definitivo. Este acontecimento poderia muito bem ter tido lugar aquando da parousia (da Segunda Vinda de Jesus), Deus por esta altura já tinha todos os dados. Os seres celestes (não caídos) tinham visto os efeitos da rebelião de Satanás e dos anjos que com ele se coligaram. O juízo de instrução ou investigação já se tinha realizado e a sentença poderia perfeitamente ser pronunciada. Mas Deus quer antes dessa sentença consultar os resgatados, Deus quer que eles analisem as razões que O levaram a pronunciar o juízo executivo. Deste modo, Deus no Seu plano eterno, pretende que os salvos façam parte do juízo apreciativo. Será assim que a página da história do homem e dos seres em rebelião será para sempre fechada.
“No final dos mil anos, Cristo volta novamente à Terra. É acompanhado pelo exército dos remidos, e seguido por um cortejo de anjos. Descendo com grande majestade, ordena aos ímpios mortos que ressuscitem para receber a condenação. Surgem estes como um grande exército, inumerável como a areia do mar Que contraste com aqueles que ressurgiram na primeira ressurreição! Os justos estavam revestidos de imortal juventude e beleza…Jesus Cristo (com os resgatados de todas as épocas) desce sobre o Monte das Oliveiras, donde, depois da Sua ressurreição, ascendeu, e onde anjos repetiram a promessa da sua vinda (Act. 1:9-11). Diz o profeta: ´Virá o Senhor meu Deus, e todos os santos contigo. ´E naquele dia estarão os Seus pés sobre o Monte das Oliveiras, que está defronte de Jerusalém para o Oriente; e o Monte da Oliveiras será fendido pelo meio, …e haverá um vale muito grande´ (Zac. 14:5,4,9)” Grande Conflito, p. 531.
No final dos mil anos, os outros mortos que não ressuscitaram na 2ª Vinda de Jesus, voltarão à vida. O profeta João vê uma grande multidão, “cujo número é como a areia do mar”, estas palavras resultam da afirmação anterior “quatro cantos da terra,” (Ap. 20:8). Os ímpios saem das sepulturas tal como a elas baixaram, com a mesma inimizade contra Cristo, e com o mesmo espírito de rebelião. É nesta altura que “Satanás será solto da sua prisão” (Ap. 20:7), entra de novo em cena, a sua intenção é clara “e sairá a seduzir as nações” (Ap. 20:8). A ressurreição dos ímpios permite a Satanás de retomar a sua actividade: “…prepara-se para a última e grande luta pela supremacia. Enquanto despojado do seu poder e separado da sua obra de engano (a terra não foi habitada durante os mil anos), o príncipe do mal achava-se infeliz e abatido; mas, sendo ressuscitados os ímpios mortos, e vendo ele as vastas multidões a seu lado, revivem-lhe as esperanças, e decidem-se a não se render no grande conflito. … e declaram que o exército dentro da cidade é pequeno em comparação com o seu, podendo ser vencido. Formulam os seus planos para tomar posse das riquezas e glórias da Nova Jerusalém. Todos imediatamente começam a preparar-se para a batalha…é dada a ordem de avançar põe-se em movimento – exército tal como nunca foi constituído por conquistadores terrestres…Satanás, o mais forte dos guerreiros, toma a dianteira, e os seus anjos unem as forças para esta luta final.” (C.S., ps. 531-533).
Este cenário lembra o Armagedão; aqui também, é apresentado a reunião de grandes multidões na perspectiva de um grande conflito, e também, os exércitos inimigos são lançados num lago de fogo (Ap. 19:20, cf. 20:10,13,14). E por fim, o lugar da batalha recebe em hebraico, “Gogue e Magogue”, que está ligado à história de Israel (Ezequiel 38:2).
Enquanto que a batalha do Armagedão opunha Israel ao seu inimigo tradicional, Babilónia, esta de Gogue e Magogue atrai um exército de inimigos indefinidos, a única motivação é a de destruir gratuitamente um reino de paz (Ezequiel 38:11).
Na batalha do Armagedão, os exércitos de Babel opõe-se contra a vinda do Salvador que vem do Oriente (Ap. 16:14,15) e a estratégia resume-se a secar o rio Eufrates. O inimigo ainda estava longe de Jerusalém.
A batalha de Gogue e Magogue, ao contrário, as armadas do dragão estão a ponto de entrar “no acampamento dos santos e a cidade querida” (Ap. 20:9). Armagedão diz respeito aos “reis da terra” sob a tripla direcção da besta, do falso profeta e do dragão. O evento de Gogue e Magogue arrasta “todas as nações, dos quatro cantos da terra” (Ap. 20:8), de facto o único comandante é o dragão.
O inimigo de Deus têm por objectivo “o trono branco” ou o monte “har” e ele e os seus companheiros terminam no vale ou “lago” (Ap. 20:10). Por esta altura e à “ordem de Jesus são fechadas as portas da Nova Jerusalém, e os exércitos de Satanás rodeiam a cidade, preparando-se para o assalto” (C.S.p. 533). Deus que reteve o fogo permite agora que desça do céu em reacção às forças da terra: “E a morte e o hades foram lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E todo aquele que não foi achado inscrito no livro da vida, foi lançado no lago de fogo. (Ap. 20:14,15).
Na linguagem simbólica do Apocalipse, “Gogue e Magogue” significa a multidão das nações, os goyim, querendo dizer, na terminologia judaica antiga, todos os que são estrangeiros à aliança com o Deus de Israel.
Amigo/a, admire a beleza como termina o mal, o pecado, o sofrimento e a morte: “Agora Jesus Cristo de novo aparece à vista dos Seus inimigos. Muito acima da cidade, sobre um fundamento de ouro polido, está um trono, alto e sublime. Sobre este trono assenta-Se o Filho de Deus, e em redor d´Ele estão os súbditos do Seu reino. O poder e majestade de Cristo nenhuma língua os pode descrever, nem pena alguma retratar. A glória do Pai Eterno envolve o Seu Filho. O resplendor da Sua presença enche a cidade de Deus e estende-se para além das portas, inundando a Terra inteira com o seu fulgor.”
“O meu povo habitará em morada de paz, em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso.” (Isaías 32:18, cf. 60:18; 65:21,22).
“Bem-aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra.” (Mat. 5:5).
Cristo disse que Ele era “manso” (praús) e humilde de coração (Mat. 11:28) e por isso todos os que estão cansados, podem encontrar no Senhor descanso para a sua alma. A mansidão é uma atitude do coração, da mente e da vida, que prepara o caminho da santificação. Aos olhos de Deus a mansidão é de grande valor (1ª Pedro 3:4). É verdade que não são os mansos que agora possuem a terra, mas os orgulhosos. No entanto, em devido tempo a Terra tal como era antes do pecado, o paraíso original será entregue aos mansos.
Quer unir-se a Jesus e aprender com Ele a ser manso? Decida hoje, tudo é decisão sua. Deus o abençoe.

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