28 de setembro de 2014

Os Estados Unidos na Profecia.

Tudo se pode dizer sobre os Estados Unidos e nem tudo será certo assim, como nem tudo será errado. Será certo que é um país bom? Será certo que é um país com sede de guerra? Muitas outras questões poderiam ser colocadas. No entanto o que parece óbvio é que um país com um sentido religioso muito forte (bom) e simultaneamente um sentido guerreiro insaciável (mau).
Em 1989 vimos, com assombro os Estados Unidos e o Vaticano fazerem uma "Santa Aliança" para destruir o poder comunista. Em consequência disso, o terceiro competidor (comunismo) foi praticamente eliminado, ficando assim estas duas "superpotências".
Qual das duas conseguirá impor a Nova Ordem Mundial? O que a Bíblia diz a esse respeito?

 "E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão. E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada" (Ap 13.11-12)

Essa passagem nos assegura que a primeira besta, cuja ferida mortal foi sarada, será adorada pelos habitantes do mundo inteiro, o que nos permite concluir que será o papado que finalmente governará
na Nova Ordem Mundial.  Como esse poder será conquistado? A profecia diz que isso não será feito
solitariamente; existe outra nação igualmente poderosa que a apóia e sustenta. Quem a besta representa? Para essa identificação, faremos uma relação das suas principais características:

É um reino: Assim como a besta de sete cabeças e dez chifres, essa besta deve representar um reino.

Surgiu em uma região distante da Europa: Essa besta não surgiu do mar como as outras, o que é um claro indício de que não é uma nação europeia.

Surgiu de forma pacífica: Ao falar do surgimento da besta, a Bíblia não menciona mares tormentosos ou ventos tempestuosos como símbolos das conquistas. Pelo contrário, tanto a sua aparência como o modo com que se levantou difere grandemente das bestas que já estudamos. Ela apresenta-se com características tomadas de um cordeiro, animal que se destaca pela sua mansidão e humildade. Deduzimos, portanto, que diferentemente das demais, essa nação não surgiu como resultado de revoluções, guerras ou conquistas.

Surgiu numa região praticamente despovoada: Essa besta não surgiu do mar, mas da terra. Se levarmos em consideração que o mar representa "povos, multidões, nações, e línguas que a terra é um local onde há poucas águas, podemos concluir que esse reino foi erguido numa região que, até então, se encontrava despovoado.

O território onde essa nação se levantou serviu de refúgio aos perseguidos da Idade Média: O capítulo 12 do Apocalipse apresenta a perseguição que os filhos fiéis de Deus tiveram de suportar durante os obscuros anos da Idade Média, com as seguintes palavras: "E, quando o dragão viu que fora lançado na terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho homem. E foram dadas à mulher duas asas de grande águia, para que voasse para o deserto, ao seu lugar, onde é sustentada por um tempo, e tempos, e metade de um tempo, fora da vista da serpente. E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar"
Aqui, o dragão representa Satanás atuando através de Roma; a mulher representa a igreja fiel; tempo, e tempos, e metade de um tempo é o mesmo que os 1260 anos da supremacia papal; e a água simboliza a multidão dos povos que se levantaram para a perseguir. Por outras palavras, essa
passagem representa a perseguição a que foi submetida a Igreja fiel durante a primeira fase do papado. O que acontecerá depois? Vejamos: E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a sua boca, e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca", A terra ajudou a mulher! Portanto, o mesmo território do qual se levanta a nação representada pela besta de dois chifres, serviu de refúgio aos protestantes que fugiam da perseguição religiosa do papado na Europa.

Era uma nação jovem em 1798: Essa besta tem chifres como um cordeiro. Chamamos cordeiro a um macho de ovelha que está iniciando a juventude. João viu essa besta subir da terra depois que a primeira recebeu a sua ferida mortal, o que significa que, no mesmo instante que o papado sucumbia, a nação aqui representada encontrava-se crescendo e fortalecendo-se.

É uma nação com liberdade civil e religiosa: Tinha dois chifres tal como um cordeiro... Quando estudamos Daniel 8 vemos que também aparece uma besta com dois chifres. Ali, a besta é um carneiro e os seus chifres representam os medos e os persas que se uniram para formar o Império Medo-persa. Podemos concluir que os dois chifres da besta que sobe da terra simbolizariam duas nações que se unem com o objetivo de formar um grande império. Sem dúvida, o Apocalipse revela que neste caso a regra não pode ser aplicada. Antes de qualquer coisa, os dois chifres são semelhantes aos chifres do cordeiro. Apocalipse 5:6 diz que o cordeiro que foi imolado tem sete chifres. É evidente que, neste ponto, o cordeiro não simboliza um reino, mas o símbolo de Jesus. Samuel 2:10 falando sobre ele, disse: “SENHOR... dará força ao seu rei, e exaltará o chifre do seu ungido.” A palavra chifre, aqui utilizada, é símbolo do poder e majestade de Jesus. Sete chifres indicariam a plenitude e magnificência desse poder.
Os dois chifres semelhantes aos do cordeiro devem representar os dois princípios referentes ao governo que Jesus Cristo ensinou quando esteve na terra, que são: "Dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus".Ou seja, os assuntos da Igreja não se devem misturar com os assuntos do Estado. Estes dois chifres devem representar um governo cujos fundamentos sejam a liberdade civil e a liberdade religiosa.

Tornou-se potência durante a segunda fase do papado: "E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença, e faz que a terra e os que nela habitam adorem a primeira besta, cuja chaga mortal fora curada". Essa passagem indica que esse poder deve exercer sua autoridade na presença do papado depois da sua ressurreição em 1929. Essa nação deve ser muito importante nos dias atuais!

Essa nação tem excelentes relações diplomáticas com o Vaticano: Essa nação fará com que todos os países do mundo adorem ao papado. Para tanto, essa nação deve ter excelentes relações diplomáticas com o Vaticano.

Essa nação tem poder sobre as demais nações do mundo: Apocalipse 13.12 diz: "E exerce todo o poder da primeira besta na sua presença...". Depois de seu pacífico surgimento, essa nação teve de mudar seu caráter manso que a caracterizava desde seu surgimento e se consolidou como a maior e mais influente potência do mundo.

Para identificar esse poder, façamos uma breve retrospectiva das características citadas anteriormente. É um reino ou uma nação. Surgiu numa região distante da Europa. Surgiu de forma pacífica sem necessidade de lutar contra outras nações. Ergueu-se em uma região onde havia poucos habitantes. Serviu de refúgio aos protestantes que fugiram da perseguição religiosa do papado na Europa. Consolidou-se como uma nação de princípios cristãos, que concedeu liberdade religiosa e civil a todos os seus habitantes. Em 1798, estava em processo de desenvolvimento e impôs sua supremacia após 1929, durante a segunda fase do papado. Possui excelentes relações com o Vaticano e tem, atualmente, grande influência e poder sobre todas as nações do mundo.

 "Uma nação, e somente uma, corresponde aos requisitos de datas e características desta profecia; na há dúvida de que se trata dos Estados Unidos da América". (A fotografia mostra o Capitólio, nos Estados Unidos).

Desde o início da sua história, o território dos Estados Unidos foi habitado somente por pequenos grupos de indígenas e caçadores nómadas. Permaneceu nesta condição até que no século XVI, vários navegantes franceses, ingleses e espanhóis começaram a povoá-la.
Em 1620, um grupo de puritanos ingleses conhecidos como "pais peregrinos" chegaram a bordo do Mayflower e fundaram a Nova Inglaterra.

A partir de então, a América se converteu em refúgio e baluarte daqueles que eram perseguidos por questões de fé na Europa. No ano de 1642, dezasseis mil pessoas migraram para essa região.

Deram ao país o nome de Estados Unidos da América na proclamação da independência em 4 de julho de 1776. O primeiro presidente, George Washington, subiu ao cargo em 4 de março de 1789 (mesmo ano em que a Assembleia Constituinte Francesa determinou o rompimento com o papado através da Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão).

Estabeleceram um governo fundamentado na liberdade civil e religiosa. Estas convicções foram recepcionadas pela Declaração de Independência dos Estados Unidos e permanecem na Constituição como princípios fundamentais da nação.  

A expansão territorial dos Estados Unidos ocorreu rapidamente. Em 1803, compraram à França o território da Louisiana; em 1819, compraram a Flórida da Espanha; em 1846, anexaram o Texas, Novo México e a Califórnia e, em 1848, adquiriram o território do Oregon mediante um acordo com o Canadá.

O poder político e militar desta nação foram demonstrados em 1917 através da sua bem-sucedida intervenção na Primeira Guerra Mundial a favor dos Aliados. Em 1941, a sua participação na Segunda Guerra Mundial foi decisiva na derrota de Hitler e para barrar as pretensões expansionistas do Japão, com o lançamento das bombas atómicas sobre Hiroshima e Nagasaki. A influência dos Estados Unidos na política mundial refletiu-se no pós-guerra com a formação da ONU (Organização das Nações Unidas), com a Guerra Fria com a URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), com a formação da OTAN/NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e com a Guerra da Coreia. De um modo geral, desde então, os Estados Unidos intervieram em todas as questões políticas e económicas do mundo.

Desde o início da sua história, foi um país protestante e carregou um profundo sentimento anticatólico por causa dos maus tratos que os seus antepassados receberam na Europa. Com o passar do tempo, as suspeitas e rancores foram desaparecendo até que na década de 80, o presidente Ronald Reagan fez alterações na legislação para que os Estados Unidos pudessem estabelecer relações diplomáticas com a Santa Sé. Entre 1981 e 1982, o presidente Reagan e João Paulo II trocaram correspondências secretas sobre os acordos de armamento entre os soviéticos e os Estados Unidos. Reagan instruiu o diretor da CIA William Casey que fornecesse ao Papa informações secretas que seriam utilizadas na derrota do comunismo, que finalmente ocorreu em 25 de dezembro de 1991 com a retirada da bandeira vermelha da cúpula verde do Kremlin. Os Estados Unidos passavam a ser o país mais poderoso do planeta.
Gorbachev brinda com a primeira-dama
 dos Estados Unidos
Nancy Reagan, em 1987.



Como podemos ver, não há dúvida sobre a identidade da segunda besta de Apocalipse 13. As características fornecidas na profecia revelam os Estados Unidos como o país que comandará a entrega do poder mundial ao Vaticano. No capítulo seguinte estudaremos como isso acontecerá.
Por que os Estados Unidos fazem tanta guerra?

Recomendo a leitura do site “Common Dreams”, que PROFECIAS BÍBLICAS acompanha e recomenda. O melhor do pensamento progressista e de vanguarda do mundo moderno está concentrado no Common Dreams.

O artigo citado é de autoria do jornalista Chidanand Rajghatta, colunista e editor de assuntos internacionais do jornal Times, da Índia.

Ele nota que mesmo sob um presidente em cuja plataforma a paz era um dado importante – Obama – os Estados Unidos não deixaram de fazer guerra sobre guerra.

O ponto de Rajghatta é simples: o país não pode viver sem guerra. “É um país feito para a guerra. Pequeno detalhe: até 1947, o Departamento de Defesa foi chamado Departamento de Guerra”, diz o colunista.

Ele faz uma contabilidade macabra. Os Estados Unidos fizeram cerca de 70 guerras desde a sua independência, faz 316 anos. Pelo menos 10 delas eram grandes conflitos.

Ele cita na defesa da sua ideia o comediante George Carlin, que há anos endereçou um olhar divertidamente devastador para a primeira guerra do Iraque.

“Nós gostamos de guerra”, disse Carlin. “ Nós somos bons nisso! Nós não somos bons em nada mais … não conseguimos construir um carro decente ou uma televisão que preste, não damos uma boa educação às nossas crianças e nem cuidados de saúde para aos idosos, mas podemos encher de bombas qualquer país … ”

Mais recentemente, uma observação semelhante foi feita pelo colunista americano Paul Farrel: “A economia dos Estados Unidos é uma economia de guerra”, escreveu Farrel. “Não é uma economia industrial. Não é uma economia agrícola. Não é uma economia de serviços. Não é nem mesmo uma economia de consumo. No fundo, nós amamos a guerra. Queremos guerra. Precisamos dela. Saboreamo-la. Prosperamos na guerra. A guerra está nos nossos genes, no fundo do nosso ADN/DNA. A guerra excita o nosso cérebro económico. A guerra dirige o nosso espírito empreendedor. A guerra emociona a alma americana. Oh, admitamos, temos um caso de amor com a guerra.”


Preparado por José Carlos Costa, pastor

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